RJ LANCHES

O incauto leitor poderia pensar que fomos ao Rio de Janeiro nos deliciar com os chops e a decadente night carioca. No entanto, para alegria geral da nação, o RJ Lanches fica em nossa capital alencarina. E melhor, RJ não significa Rio de Janeiro, mas Rodrigues Junior, rua onde fica o estabelecimento.

A turma composta por Edilba, The Kleuds, o Menino Quinderé e Pereiro estava a postos muito cedo, e após algumas cervejas recebeu os reforços deste escriba. Edilba logo deu uma desculpa qualquer pra sua covardia e fugiu. No entanto, o inesperado reforço de Marcus Ribeirus chegou, assim como S. Kastori, Cine Betão e Rito Fiel, que, curiosamente, vinha de um ensaio na esquina da Des. Moreira com Barão de Studart, um local muito Gessingeriano pro meu gosto.

De cara notamos que o local é eclético. Além de servir como bar, também vende sandubas e outras bossas. Aliás, o Filé com Bacon estava muito bom. Não fossem os fatos de o entregador só andar de bicicleta e minha casa ser a uns bons 15 km de distância, eu teria pego telefone de lá para pedir comida naquelas noites preguiçosas de domingo.

Lanchonete a parte, vamos ao Bar. A primeira impressão foi boa: a rádio truava o Tempos Dourados, meu programa de rádio favorito. Não há nada melhor do que beber ao som de clássicos como Take My Breath Away, Meu Mundo e Nada Mais, I Should Have Know Better e outros. Sério.

A cerveja vinha em temperatura adequada. Nada estupidamente gelado, mas dentro de um padrão internacionalmente aceito. Os petiscos pedidos foram degustados e aprovados, notadamente o Filé com Fritas, a Bolinha de Queijo, a Calabresa Acebolada e um inacreditável PF de Bisteca de Porco.

Na parte ruim da coisa, cheguei a conclusão que o local é uma espécie de Vortex que atrai loucos e mendigos em geral(além de filhotes  de gato) para encher sua paciência. Acho que somente na Praia do Futuro enfrentei tamanho assédio. Era gente pedindo dinheiro, comida, pra lavar carro, pra mostrar um dente arrancado com um palito de dente, enfim, um desfile das mazelas humanas.

Além disso, não conte com rapidez no atendimento. As coisas demoram, quando não tem que ser pedidas mais de uma vez. No geral, o local foi aprovado, porque se serve pra gente, serve pra vocês, carniças, também.

Caia Dentro:

Filé com Fritas e molho rosé. Uma delícia. Se seu lance for lanchar, um sanduba é uma boa opção. Se for bter uma janta mesmo, vá de PF.

Caia Fora:

Arme-se de paciência com os garçons. Tudo demora.

Onde é:

Mole. Rodrigues Junior, esquina com Pinto Madeira. A 1 quarteirão da Dom Manuel.

>>j. da manibura

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Arquivado em bares, Centro

VAN SAN

Galera, passei meia hora tentando me lembrar da senha da caraia do wordpress. Após muita luta, consegui acessar os recônditos da minha mente onde a bendita senha estava para partilhar com todos uma de nossas poucas novas experiências.

O local é o Van San, uma inteligente e afrancesada corruptela do nome do estabelecimento, Sr. Vicente. Ele é um senhor bem simpático, apesar de um pouco distraído, já que conversa com os habitués do local mais do que atende mesmo.

O local tem a vantagem de ser uma parada tranquila, sem muito movimento na terça e com um joguinho da Série B à disposição na TV. A Cerva é geladinha e os já citados habitués são até divertidos. Um deles tem uma maldita bike com uma caixa de som na garupa, somente com clássicos da Disco e pegou uma briga com um mendigo local, a qual foi bastante apreciada por todos os presentes. E isso somente nos nossos primeiros minutos no lugar. Um belo cartão de visitas.

Infelizmente, o local parou de nos surpreender aí. O único tira-gosto ofical era um queijo coalho assado (bem ok, até) – o que é pouco para nossas hostes famintas. Um vendedor de espetinhos associado ao bar nos forneceu seus quitutes: espetinhos de carne, frango, linguiça e bistecas de boi e porco. Eles nos levaram bem pela noite. No entanto, chegar cedo é a chave do sucesso, pois a medida que o tempo passava, menos opções iam restando no cardápio do rapaz. Pelo menos ele dá a facilidade de pagar tudo no fim das contas.

Em resumo, o bar é simpático e fácil de achar, mas não leva muito em conta seu público da terça. Talvez haja mais coisas em outros dias.

Caia Dentro:

Se você quer beber num lugar tranquilo, esse é o lugar.

Caia Fora:

Não vá com fome. O tira-gosto é limitado nas escolhas e quantidade.

Onde é:

Na Visconde do Rio Branco, esquina com Joaquim Torres. Do lado do Estúdio Tamanduá (hoje em dia, Empire Records). Já chegando no Dorotéias.

>> j. da manibura

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Arquivado em bares, biroscas, Joaquim Távora

SKINA 7

We’re back on the track.

Depois de algumas semanas só indo pra bar repetido, resolvemos arriscar outros buracos dessa cidade, selvática, porém tenra.

Pra ser sincero (expressão sempre utilizada por Kastori para encantar as garotas), esse não foi o primeiro bar novo de 2009. Houve um antes, ao qual eu não fui. Assim, espero que o mala responsável se digne a escrever sobre ele.

Pois bem, o Skina 7 fica numa esquina próxima ao maior antro de tocadores-de-legião-urbana da cidade – o Dragão do Mar. A boa notícia é que, nas terças, não há vivalma no dito centro. Logo, não tem aquela montanha de carros por lá.

O bar em si já é meio conhecido de todo mundo. Nem tanto de frequentar, mas pelo menos de passar em frente. Ninguém jamais, no entanto, havia se aventurado a parar por lá e “ver coé”.

Nós, pioneiros que somos, arriscamos. E posso dizer que, de certa forma, a aposta valeu a pena.

A moçada deliciou-se com as pedidas, que foram várias: começaram numa moela ao molho, queijo coalho e coração de boi; passando por linguiças, carnes variadas e até um prosaico pastel, a coisa fluiu bem. A cerveja estava em temperatura padrão. A incomodar somente o ruído incessante dos carros e ônibus do local, que fica bem na esquina mesmo.

Edilba dos Teclados mais uma vez mostrou a face de seu mistério. O quanto mais próximo ele mora, mais cedo vai embora. No entanto mesmo os guerreiros combalidos (como este que vos fala) aguentaram até meia noite, desafiando a fúria do corpo e da AMC.

Caia Dentro:

Admito que minha condição intestinal (i.e. estava me cagando) não me permitiu provar das delícias do local, mas vi nego lambendo os beiços com a moela ao molho.

Caia Fora:

O trânsito da Unifor nas redondezas é forte. Grite para tentar ser ouvido por seu companheiro de mesa até pelo menos umas 21 da noite, quando a coisa acalma um pouco.

Onde é:

Macho é muito fácil. Vindo pela Tenente Benévolo, fica na esquina com a Dom Manuel (depois do cruzamento). Para explicar melhor ao Beto, a Tenete Benévolo, por cruzar a Dom Manuel, é paralela à Duque de Caxias.

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2008: Ano Velho, Ano Bom

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Nunca se postou nada aqui além das resenhas até agora mas, depois do reveillon selvagem na Mansão Manibura (e da proporcional ressaca), aqui vai a primeira exceção. Podem tomar isso como um pequeno editorial pro ano recém-nascido.

O ano passado foi de consolidação pro Birosca´s. Novos membros deram as caras em momentos de quorum difícil e membros antigos resolveram se afastar. Outros não tiveram escolha senão acompanhar de longe, pelo email ou telefone, a saudável peregrinação semanal.  Foram poucas resenhas, é verdade, mas os encontros seguiram firmes. Sempre às terças, sempre numa birosca. Nem sempre uma birosca nova, pois a criatividade e a paciência às vezes são curtas; nem sempre numa boa birosca, mas sempre em excelente companhia.

E esse é o espírito que nos move, o da reunião informal e sem propósito, das piadas infames e das risadas de velho. Foi mesmo bom passar o ano ao lado de verdadeiros amigos (do copo) e, pra celebrar isso, até um singelo CD foi feito com canções inspiradoras e construtivas para os membros da trupe etílica. Que essa seja a alegre trilha sonora de 2009 e dos outros anos que estão por vir.

Saludos aos novos integrantes e abraços maçônicos aos velhos de guerra. E que venham as próximas terças!

>> S. Castor

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KANKA’S – PONTO DE ENCONTRO

Chegamos ao Ponto de Encontro por sugestões da arguta equipe de observadores deste site. Esses nobres e impávidos colossos nos auxiliam em buscar barzinhos nunca dantes resenhados dentro da cidade. No caso, a sugestão veio do nefelibata E. Becco, nem tão impávido, nem tão colosso, mas amigo do copo.

Para os preguiçosos e pouco aventureiros, vai uma boa notícia: o Ponto de Encontro é um bar que se localiza na área mais cenral da chamada Aldiota, o maior bairro do mundo. Em verdade, sua localização privilegiada quase nos leva a pergunta de por que diabos nunca tínhamos visto esta birosca antes.

A noite começou cedo. Às 18:00, Edilbas já estava em posição de sentido e atracado com uma cerveja absurdamente gelada, enquanto aguardava por mim e S. Khastôrí, o qual tive de retirar de uma instituição aos tapas. Deixo essa história para outra vez.

Aos poucos, a equipa foi se formando. O quadrado mágico formado por Manibura, Khastouri, Edilbas e E. Becco era auxiliado pela performance sóbria e de forte marcação de Villar, o Frotrógri, e Cine Betão.

O cardápio da noite incluiu kitutes sofisticados e simples, numa mistura que em nada afetou o forte estômago da moçada. Primeiro veio um camarão ao alho e óleo que de boa qualidade e bastante bem servido. Com o auxílio de algumas bandas de limão, a coisa desceu como água. Exceto que em vez da água, era camarão.

Depois veio um bife acebolado, brilhantemente temperado com uma pimenta de fabricação local. Também experimentei um pastelzinho de carne e azeitona, que não faria feio em qualquer festa de casamento metida a besta. Por fim, houve um feijão verde com macaxeira, do qual não provei, mas que acredito que estava bom, porque alguns membros da mesa não conseguiam tirar a macaxeira da boca (OK, admito que o feijão não tinha macaxeira nenhuma, mas cabia bem na piada).

A cerveja e as Cocas KS estavam absurdamente geladas. O dono do estabelecimento, seu Francisco, deixou de ir ao jogo do Vozão para continuar nos servindo. Ele também é dono de um conglomerado de empresas, compostas pelo Bar em questão, a Lan-House ao lado e o Salão de Beleza ao lado da Lan-House. O homem é simpático e serve o povo com gosto. Além disso, alega ter pescado 70 kilos de piranha. O que seria de um pescador sem suas histórias?

Uma bela noite, e um bar que merecerá repeteco.

Caia Dentro:

Camarão ao Alho e Óleo vale a visita. A cerveja é das mais geladas.

Caia Fora:

A trilha sonora não ajuda. Não rola rádio Tempo – a preferida.

Onde é:

Venha pela Padre Valdevino, dobre a direita na Carlos Vasconcelos. O bar está à sua esquerda, no primeiro quarteirão.

>>j. da manibura

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